Gestão: quando sai o Piaget e entra o Pinochet!

25/11/2009 at 6:17 PM 6 comentários

Os índios da tribo Dakota passam de geração a geração o seguinte ensinamento: “Quando você descobre que está montando um cavalo morto, a melhor estratégia é desmontar”.

Nas empresas muitas pessoas se recusam a desmontar do cavalo morto e continuam a usar práticas e manter idéias ja superadas que não levam mais a lugar algum. Mas insistem em manter a situação. 

Alguns exemplos do que é feito:

  • Trocam os cavaleiros.
  • Ameaçam o cavalo morto com castigos e demissão.
  • Criam um comitê para estudar o cavalo.
  • Dizem coisas como: “Esta é a maneira como sempre montamos este cavalo”.
  • Buscam um consultor para motivar o cavalo morto.
  • Declaram que cavalo morto é melhor, mais rápido e mais barato.
  • Revisam os requisitos de desempenho para cavalos mortos.
  • Designam um Six Sigma Black Belt para ressuscitar o cavalo.
  • Mudam os requisitos operacionais e declaram: “Este cavalo não está morto”.
  • Incluem no orçamento uma verba para melhorar o desempenho do cavalo.
  • Atrelam vários cavalos mortos para aumentar a velocidade.
  • Promovem o cavalo morto a gerente.

No mundo real o cavalo morto representa a inércia, a acomodação e a manutenção do status quo. Representa as pessoas que nao acompanham as mudanças e, infelizmente, atrasam o andamento dos projetos e da empresa.

Nao me refiro apenas às mudanças “tecnológicas” mas também à postura e ao comportamento: de um lado estão os gerentes que ainda insistem em chefiar dando ordens e fazendo ameaças. E no outro lado estão os funcionários que ainda resistem a trabalhar em equipe, são pouco comprometidos e não valorizam seu próprio desenvolvimento profissional.

Eu sou da linha da gestão humanizada e prego a valorização das pessoas como forma de se alcançar resultados sustentáveis.

Mas, como diz um executivo amigo meu:

“Como gestores temos de dar todo apoio, motivar, educar e treinar os funcionários mas chega uma hora em que temos de ser intolerantes e rigorosos: é nesse momento que sai o Piaget e entra o Pinochet”.

 

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Cuidado para não abortar grandes idéias Você é um(a) líder paizão (mãezona)?

6 Comentários Add your own

  • 1. Ederson Manoel  |  26/11/2009 às 11:32 AM

    Acredito que o medo da inovação e de encontrar outros métodos para solução de problemas geram, ainda, muito medos nas pessoas.

    Ontem eu assisti no PodCasting uma entrevista do Walter Longo sobre esta comodismo atual onde as pessoas preferem a segurança ao invés de correrem risco e obterem sucesso em suas carreiras.

    Abraços

    Responder
    • 2. Alexandre Rangel  |  26/11/2009 às 12:02 PM

      Concordo plenamente. As mudanças estão acontecendo de forma acelerada e cada vez mais precisamos estar atentos a elas e mudar a nossa atitude e o nosso comportamento diante das novas demandas.
      abraço

      Responder
  • 3. Luiz Menezes dos Santos  |  26/11/2009 às 9:17 PM

    Alexandre,
    é preciso alertar também para o perigo da famosa zona de conforto. Uma vez ouvi um palestrante dizer: “O maior perigo para um empreendedor é ter um bom emprego”. A zona de conforto por vezes causa paralisia cerebral, especialmente para os que aceitam as coisas como são, não questionam, não tentam descobrir outras dimensões.
    Agradeço pela contribuição. Parabéns!

    Responder
    • 4. Alexandre Rangel  |  27/11/2009 às 12:15 PM

      Luiz
      Você tem toda razão!
      A estabilidade do bom emprego é perigosa. Tudo anda bem até algo inesperado acontecer: uma fusão; um novo diretor; uma inovação e aí a pessoa é afetada. É quando ela percebe o quanto estava distante dos relacionamentos profissionais, net work praticamente inexistente, defasagem de conhecimentos por nao ter participado de cursos e treinamentos ….
      Realmente um bom emprego é um perigo.
      Bom refletir sobre isso e melhor ainda: agir para sair o quanto antes da zona de conforto.
      Obrigado pela contribuição!
      Rangel

      Responder
  • 5. Rafael Hoehl Carneiro  |  03/02/2010 às 9:08 AM

    Os líderes das organizações estão envolvidos com o operacional e isso consome a energia deles na solução de problemas com horizontes de curto prazo. Como estão envolvidos com o operacional não percebem defeitos que existem na rotina. A solução reside na redução da pressão do curto prazo através da melhoria das competências das suas equipes (com os atuais ou com os futuros colaboradores, sem visão de economia de recursos nessa área), para que estas pessoas absorvam essa pressão do curto prazo e possibilitem o pensamento no estratégico (longo prazo). Se não houver essa ruptura da liderança com o operacional a organização vai sempre parecer em inércia isso quando a concorrência não decretar de vez a sua decadência. Aí o cavalo vai estar morto de vez e não vai adiantar procurar “Six Sigma Master Black Belt para ressuscitar o cavalo”.

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    • 6. Alexandre Rangel  |  04/02/2010 às 3:00 PM

      os gerentes nao estao conscientes, na grande maioria, que as funções gerenciais devem ser:
      1. Planejar as melhorias nos processos
      2. Estabelecer metas
      3. Capacitar as pessoas
      4. Motivar

      Responder

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